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O Comitê de Bacia Hidrográfica dos Rios Pomba e Muriaé ressalta a importância da informação qualificada



O noticiário sobre a pandemia da Covid-19 é dinâmico trazendo informações que mudam e se atualizam constantemente. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a revista Galileu divulgaram em seus sites duas dessas novidades. Respectivamente, trata-se de dois estudos, um deles sobre a detecção do material genético (RNA) do Sars-CoV-2, novo coronavírus, nas fezes de pacientes confirmados com a doença e outro sobre o RNA do vírus encontrado em águas de esgotos.

Conforme as publicações, uma questão levantada é o potencial de carga viral que pode estar sendo despejada nos rios, o que eventualmente poderia impactar em casos da Covid-19, sobretudo, nas populações sem acesso à infraestrutura e ao saneamento básico. A detecção da presença do vírus nas águas residuais, potencialmente, também, poderia servir ao mapeamento epidemiológico como subsídio para planejamento e priorização de ações em determinadas regiões.

Ainda que os estudos tenham sido publicados em periódicos internacionalmente reconhecidos – Lancet Gastroenterol Hepatol e Environmental Science & Technology – e tenha sido emitida nota técnica pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações de Tratamento de Esgotos Sustentáveis (INCT ETE), o próprio Instituto aponta que "embora o material genético do coronavírus tenha sido encontrado no esgoto, não está comprovada sua capacidade de infecção por esse meio. A orientação para os trabalhadores da área de esgotamento sanitário são de seguir as instruções já previstas, ou seja, sempre utilizar os EPIs e fazer a higienização pessoal e do ambiente de trabalho regularmente".

Neste contexto, o Compé reforça a importância de buscar sempre informações confiáveis em órgãos oficiais de saúde e em veículos de comunicação amplamente reconhecidos nos quais você confie. O Comitê, por meio da AGEVAP, procurou os posicionamentos de órgãos oficiais. A Agência Nacional de Águas (ANA) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) não possuem orientações sobre o assunto por conta de seus escopos de atuação que não contemplariam tal temática. O Ministério da Saúde informou ainda não possuir informações sobre o assunto. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), por meio de Luís Felipe Sardenberg, oficial de comunicação, aponta que “atualmente, não há evidências sobre a sobrevivência do vírus causador da COVID-19 em água potável ou esgoto. O fornecimento de água potável, saneamento e condições de higiene (WASH) são essenciais para proteger a saúde humana em todos os surtos de doenças infecciosas, incluindo o surto de COVID-19”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não nos respondeu até a publicação desta matéria.

Fonte: reprodução/adaptação de COMPÉ
Créditos da imagem: Reprodução Revista Galileu

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